Tradução, pesquisa em linha e outros delírios…
É a primeira vez que escrevo num e para um Blog… Pois, já visitei, por curiosidade, para saber que "coisa" é essa, que conceito, que palavrão…
Afinal, hoje em dia, o desbravar fenómenos, termos, conceitos, palavras que nos entopem a caixa do correio, os ouvidos e cansam os olhos tornou-se uma rotina, uma necessidade de sobrevivência na era dos hipermercados da informação. Umas sucedem-se às outras, atropelam-se, emaranham-se, apagam-se e renovam-se... E nós, sempre a correr, desesperados no meio da multidão de letras, de teclas, de botões, de softwares, de clics.... A navegar… Sempre atrás, por vezes (muito momentaneamente, só para podermos respirar um pouco melhor…) ao lado, mas nunca conseguimos apanhar e arrumar as letras, os termos, os conceitos numa caixinha, numa prateleira e expô-los orgulhosamente, limpar-lhes o pó, contemplá-los, ociosamente sentados numa poltrona…
Isto para dizer que, se há algum tempo (não há muito...) a diferença entre uma boa ou má tradução poderia estar em dispor da tal caixinha arrumadinha ou da prateleira recheada de infólios e materiais de referência, onde a informação era um tesouro escondido e preservado, propriedade de um local específico e, portanto, de acesso difícil e limitado, hoje, com a globalização e a Internet, vivemos o fenómeno inverso: não há fronteiras para a informação, nem obstáculos geográficos ou físicos que limitem o acesso. Deste modo, e especialmente com o sucesso da World Wide Web (WWW), o volume de informação teoricamente à distância de um clic é cada vez maior, os clics cada vez mais rápidos e o acesso cada vez mais lento e desesperante se o navegador não for previdente. Afinal, a WWW é o novo Cabo das Tormentas: sabemos que para lá do clic há novos mundos cheios de tesouros e de soluções, mas chegar lá implica desbravar muito mar e eliminar muitas rotas, até encontrar o atalho, o caminho certo e, enfim, ver o outro lado e achar que o poeta tinha razão: valeu a pena!
Os tesouros são muitos, mas os monstros e naufrágios também. Assim, navegar (pesquisar em linha) é imprescindível para poder chegar primeiro, para estar actualizado, para encontrar e colocar o estandarte, mas é sempre preciso estar atento aos monstros, às rotas traçadas, aos barcos piratas e desconfiar até termos a certeza de que vamos por ali.
Agora, feita a introdução, podemos falar de recursos em linha, se quiserem…
Alexandra Albuquerque